quarta-feira, 11 de junho de 2008

Compromisso com a verdade dos fatos!?



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Jornal do Brasil publica em sua edição de domingo (09/06) um escândalo.
Ficamos na dúvida se o jornal se referia à crise política envolvendo a governadora Yeda Crusius (PSDB-RS) e a corja do PSDB gaúcho ou se à própria falta de ética do jornalão.
Este é o compromisso com a verdade dos fatos que a imprensa burguesa tanto propagandeia. Goebbels teve bons alunos.Inclusive na FDUFBa.
"Azenha e leitores, tem mais! O jornal "O Estado do Paraná", em um editorial de título "A vitrine manchada", escreveu o seguinte texto: "Yeda assumiu o governo do Rio Grande do Sul com a responsabilidade de arrumar o estado após três governos sucessivos do PT, que criaram um rombo nas contas públicas. Tomou medidas impopulares, o que representava um distanciamento da política rasteira. Parecia não agir com populismo, tão comum dos gaúchos, mas sim com correção." Três governos sucessivos do PT no estado do RS? O que é isso, pelamordedeus!? Isso é crime! É uma mentira bárbara! Olha a lista dos últimos 4 governos: Germano Rigotto (PMDB); Olívio Dutra (PT); Antônio Britto (PMDB); Alceu Collares (PDT); "
Comentário do leitor "Edinho" no Blog de Azenha sobre o PIG (utilizando a brilhante nomenclatura dada por Paulo Henrique Amorim à mídia burguesa).
Segue matéria publicado no Observatório da Imprensa:
Ato falho ou boca torta
Diz a psicanálise que é através do ato falho que o inconsciente realiza seus desejos. Como Freud não admitia espaço para o acaso, nenhum gesto, palavra ou pensamento acontece acidentalmente. Em tudo há uma intencionalidade, oculta ou não.
O que ocorreu com a edição de domingo (8/6) do Jornal do Brasil? Ao tratar do escândalo que atinge o governo de Yeda Crusius (PSDB-RS), os editores não hesitaram em caprichar no significativo título: "Corrupção abala governo do PT". Ao leitor mais desatento foi isso que ficou marcado na retina.
"Um escândalo de corrupção pode forçar a governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), a promover alterações no primeiro escalão de sua administração. Na pior crise política de seu governo, Yeda vê seus auxiliares mais próximos sendo envolvidos por gravações telefônicas feitas pela Polícia Federal e até pelo vice-governador Paulo Feijó (DEM)."
Freud diria que o "equívoco" é a evidência de como certos sintomas revelam formação de compromisso entre a intenção consciente do sujeito e o recalcado. Quando sabemos o poderoso instrumento que é um título de jornal, nos damos conta da extensão do "recalque".
Gilson Caroni Filho é professor de Sociologia das Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha), no Rio de Janeiro, colunista da Carta Maior e colaborador do Observatório da Imprensa.

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